SP deve ganhar 13 mil moradias populares em dois anos
Financiamentos vão oferecer parcelas mensais a partir de R$ 50
Giselli Souza, do R7
Foto por Agência Estado
Moradias têm até três dormitórios e seguem modelo da CDHU; obras fazem parte do programa Minha Casa, Minha Vida, que têm foco na baixa renda
Até o final do ano de 2012 o Estado de São Paulo deve oferecer 13 mil moradias populares à famílias com renda mensal de até três salários mínimos (R$ 1.530) por intermédio de um convênio assinado entre a Caixa Econômica Federal e a CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano). A contratação deve ocorrer ainda no primeiro semestre de 2010 e as obras devem durar até 24 meses.
Apesar de parecer muito, o montante atende apenas a 1,3% do déficit habitacional atual de 1 milhão de casas, segundo dados do próprio governo estadual. O déficit habitacional é a quantidade de casas que precisam ser construídas para dar casa própria a quem paga aluguel ou não tem onde morar.
A parceria não é o único programa habitacional voltado à baixa renda e outras moradias devem ser construídas por intermédio de outros convênios dos governos municipais, estaduais e federais. Em todos os financiamentos populares, as parcelas mensais de pagamento são no valor de R$ 50.
Das 13 mil unidades previstas, 1.925 (14,8%) – entre casas e apartamentos – estão em análise pela Caixa. Três bairros do extremo da zona leste da capital estão inclusos no programa, entre eles José Bonifácio, Cidade Tiradentes e Itaquera, segundo Nédio Henrique Rosselli Filho, gerente regional da Construção Civil da Caixa.
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- Escolhemos os bairros mais distantes devido ao valor do terreno, que torna inviável a construção de moradias populares na zona central. A seleção das famílias seguirá os critérios da CDHU, com base no cadastro feito pelo site, e levará em conta a questão social. Mãe solteira, idosos e deficientes têm prioridade.
Do total de empreendimentos já licitados, 401 são na capital. Há também 160 unidades em análise em Caraguatatuba (176 km de SP), 267 em Fernandópolis (distante 567 km) e 351 apartamentos em Jaboticabal (352 km da capital). O restante está distribuído em outras regiões do interior e do litoral da capital. Todas as obras fazem parte do programa habitacional Minha Casa, Minha Vida, que tem como público alvo a população de baixa renda, atendida ainda de forma precária pela iniciativa privada, segundo Rosseli.
- A maioria dos contratos apresentados pelas construtoras parceiras no programa [Minha Casa, Minha Vida] são para famílias com renda entre três e seis salários mínimos (até R$ 3.060). Essa população mais carente fica excluída e a única forma de atender é por meio de parcerias com o governo.
Na capital, das 1.925 unidades em análise pela Caixa, 480 moradias em Teotônio Vilela (zona leste) já tiveram os contratos assinados e a escolha das construtoras será feita por licitação ainda neste semestre. O volume de investimentos para a construção das moradias está na ordem de R$ 24,9 milhões. Cada unidade terá 42m², com dois dormitórios, sala, cozinha, área de serviço e banheiro. O valor comercial de cada empreendimento será de R$ 52 mil. A previsão é que as obras sejam finalizadas em 2011.
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