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eritos fazem hoje coleta de material genético do casal Nardoni para análise


da Folha Online
Peritos do IML (Instituto Médico Legal) realizam nesta sexta-feira a coleta de material genético do casal Alexandre Nardoni e de Anna Carolina Jatobá --acusados de matar a filha dele, Isabella Nardoni, 5,-- para que seja realizada a comprovação de que o sangue utilizado pela perícia para confrontar o encontrado em peças de roupa no apartamento onde o crime ocorreu é do casal.
Justiça aceita confrontar sangue com DNA de casal Nardoni
Justiça determina apreensão de livros sobre a morte de Isabella
Defesa de casal diz que morte de Isabella pode ter sido acidente
Leia cobertura completa sobre o caso Isabella
A previsão é que a coleta do material --mucosa da parte interna da boca, fio de cabelo ou outro material compatível-- seja feito até o início da tarde de hoje. Segundo o advogado Roberto Podval, duas advogadas do escritório devem acompanhar o procedimento e já estavam no presídio do Tremembé (a 147 km de São Paulo), onde eles estão presos, por volta das 11h30. A coleta do material deve ser acompanhada ainda pelo promotor Francisco Cembranelli.
Mastrângelo Reino/07.mai.08/Folha Imagem
Anna Carolina e Alexandre são levados para cadeia após terem prisão decretada
Anna Carolina e Alexandre são levados para cadeia após terem prisão decretada
A realização do exame de DNA foi solicitada pelo advogado de defesa. À Folha Online o advogado do casal afirmou que o objetivo dos exames é comprovar se o sangue armazenado no IC é dos acusados, já que, segundo ele, não existe um documento que comprove que eles doaram as amostras no início das investigações.
Apesar de ter aceitado a realização do exame genético, o juiz Maurício Fossen determinou que o material coletado --mucosa da parte interna da boca, fio de cabelo ou outro material compatível-- seja examinado pelo IC (Instituto de Criminalística). A defesa queria que o material fosse analisado por peritos apontados por eles.
O advogado do casal não quis comentar o que muda no processo caso seja comprovado que o sangue armazenado no IC não seja do casal.
Para a acusação, porém, a realização do exame "não muda em nada" o processo, já que, segundo o promotor Francisco Cembranelli, a Promotoria nunca afirmou que o sangue encontrado no apartamento era do casal.
"Todo o sangue encontrado [no apartamento] era da Isabella. Nunca ninguém disse que era deles. Esse sangue que eles negam ter sido coletado só mostrou [durante as investigações] que a mancha encontrada em uma calça dela [da madrasta] era de Anna Carolina", disse o promotor à Folha Online.
Crime
A menina Isabella morreu no dia 29 de março de 2008, quando foi jogada do sexto andar do prédio onde moravam seu pai e sua madrasta, na zona norte de São Paulo. O casal foi preso em maio daquele ano e permanece na prisão desde então.
Os desembargadores da 4ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo decidiram que o casal deve ser levado a júri popular pelo crime. O julgamento ainda não tem data definida, mas a expectativa da Justiça é que ocorra em 2010.

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Giro de Notícias.


Dupla é presa e menor apreendida durante assalto em Lagoa Nova

A ação rápida de policiais militares culminou na madrugada de hoje, na prisão de dois homens e na apreensão de uma menor. Jadson Targino Pinheiro, 23, Adriano Rodrigues Campos, 25 e uma adolescente de 16 anos foram surpreendidos pelos PMs quando fugiam.

Elisa ElsieJadson e Adriano foram autuados na Plantão da Zona SulJadson e Adriano foram autuados na Plantão da Zona Sul

O trio roubou  uma moto Traxx de um casal, na esquina das avenidas Lima e Silva e Potiguares, em Lagoa Nova. Todos foram encaminhados para a Delegacia de Plantão da zona Sul, no conjunto Pirangi onde foi realizado o flagrante

Segundo informações do soldado Bernardo da Silva, o pneu traseiro da motocicleta furou e o casal empurrava a moto pela avenida quando foram surpreendidos por Adriano. “Ele estava de posse de um revólver calibre 38 e tinha o apoio de Jadson e da menor que seguiam em um veículo Kadett”, explica.

O soldado conta que Adriano disse que mataria as vítimas caso reagissem. “Como não houve resistência por parte do casal, os bandidos fugiram rapidamente, mas conseguimos detê-los”, frisa o PM.

O kadett de cor vinho e placas MMO/4705 da cidade de Campo Redondo será levado para o Detran. “Vamos levar o veículo para o pátio do órgão responsável. Está com problemas na documentação. Aparentemente não tem queixa de roubo”, afirma Bernardo.

Na Delegacia

Adriano negou que o revólver calibre 38 pertencesse a ele. Disse não ser viciado em drogas e ainda afirmou não ter passagem pela polícia. Questionado sobre o assalto o acusado se manteve calado. Jadson e a menor preferiram o silêncio.
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Menor está sob a custódia do Estado

Publicação: 10 de Setembro de 2009 às 00:00
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Jacson Damasceno e Isaac Lira - Repórteres

Dayane tem apenas 14 anos, é mãe de uma menina com pouco mais de um ano e está grávida de cinco meses. Mas, o peso que ela carrega agora é bem maior que o de ter dois filhos na adolescência. Dayane está sob custódia do Estado, por ter matado, a facadas, uma jovem de 15 anos.

Marcelo BarrosoFamília de Dayane teve que deixar a casa por causa das ameaçasFamília de Dayane teve que deixar a casa por causa das ameaças
O nome dado acima é fictício. Por ter menos de dezoito anos, a adolescente que matou uma outra, no último fim de semana em Canguaretama, não pode ter a identidade revelada pela imprensa, direito garantido pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (Eca).  Isso para que possa ter a chance de se regenerar, segundo a lei, sem os rótulos que lhe seriam impostos pelo crime que cometeu.  

 E no caso de Dayane, há muito o que recuperar. Com tão pouca idade, ela já tem uma ficha de infrações e atos violentos, registrada no Conselho Tutelar do município, que lhe deram a fama de valentona e desordeira em Canguaretama. Foi lá que ela matou Priscila da Silva, de 15 anos, na madrugada do último sábado, depois de uma festa.

O alvo de Dayane era a prima de Priscila, que hoje é casada com um ex-namorado da infratora. A outra menina também acabou ferida, com um corte profundo na mão. A infratora foi detida, junto com a amiga que a acompanhava na hora da briga. Segundo a polícia, Dayane não parece incomodada com a situação.

A adolescente que cometeu a violência morava com o pai, pescador e a mãe, dona de casa. Segundo os vizinhos, o casal é “gente tranquila”, mas  não conseguiu impor respeito à menina, que não estudava nem trabalhava. “Não foi por minha culpa. Sempre mandei ela estudar. Ela não quis. Dizia que as companhias não eram boas, ela não ouviu”, disse o pai, Mauro.

O pai de Dayane é quem cria a neta.  Já a adolescente passava o dia na rua, junto com as amigas. Mauro não consegue explicar como a agressividade da filha começou.

Dayane não bebe, nem usa drogas. A família é pobre, o pai sempre trabalhou duro para sustentar a casa em um bairro popular de Canguaretama. Aos doze anos, ela conheceu um namorado e engravidou. O rapaz batia nela constantemente, no meio da rua, para o sofrimento da família.

“Eu avisei a ela que aquilo não ia dar certo, quando ela apareceu foi com uma filha na barriga”, contou Mauro. Dayane parecia ter se separado do namorado, mas cinco meses atrás apareceu grávida novamente. A situação não fez com que ela se livrasse das brigas na rua. Segundo o pai, sempre incentivada pelas amigas. “O rapaz que causou essa confusão, o que vive com a outra menina, é quem dava em cima dela”, disse Mauro.

O pai sofre com os problemas na família. No mesmo fim de semana, um outro filho dele também cometeu um homicídio. “Sou um homem de bem. Sou trabalhador e nunca fiz mal a ninguém. Não mereço isso que estou passando”. 

Dayane agora está em um centro de recuperação de menores infratores, em Natal. O caso está sendo investigado pela polícia de Canguaretama e a jovem pode ser condenada a passar até três anos privada de liberdade. A família da menina que ela assassinou exige que a justiça seja feita, independentemente da idade e do passado de Dayane.

Família de acusados sofre ameaças

Por causa dos dois crimes cometidos pelos filhos, o pescador Mauro José da Silva, a mulher e a mãe dele tiveram que sair da casa onde moram e sequer pode revelar onde está residindo. Menos de 24h depois da irmã ser detida por ter esfaqueado uma colega, o outro filho de Mauro, Adriano da Silva, de 21 anos, fugiu por ter participado de um assassinato em um bar. Agora, Mauro, sua esposa, sua mãe, irmãos e netos estão ameaçados de morte.

“A minha mãe, uma senhora de 69 anos, não pode sair na rua para resolver suas coisas e eu tive que mudar de casa por uma coisa que não fui eu que fiz”, diz Mauro da Silva.

Diante de tudo isso, o pescador alterna entre a revolta e a incredulidade. Após ser detida, a filha Dayane veio de Canguaretama para Natal sem que a polícia avisasse ao pai. Mauro só soube do paradeiro da filha através da reportagem da TRIBUNA DO NORTE. Ontem, ele visitou a filha.

Ao entrar para falar com a filha, ontem pela manhã, Mauro emudeceu por conta das lágrimas. Só conseguiu perguntar à filha o porquê da atitude violenta. “Ela me disse que não quis fazer aquilo, mas que a amiga dela deu a primeira facada e ela terminou. Eu avisei a ela que aquelas amizades não eram boas”, diz Mauro, convicto de que o problema da filha é a má influência das amigas. A amiga de Dayane está detida com ela.

No caso do filho de Mauro, Adriano da Silva, o problema foi uma antiga rixa, ainda de acordo com o pescador. Adriano se envolveu numa briga e depois disso uma série de ameaças mútuas culminou em tiros e facadas na mesa de um bar. “Fico preocupado porque não tenho a menor ideia de onde Adriano está”, diz Mauro.

O pescador afirma não ter ideia de porque tanta violência se pôs ao seu redor em um único fim de semana, mas tenta recolher os cacos  da vida para seguir em frente. Não tentará tirar Dayane da instituição de adolescentes infratores onde ela está. “Lá ela vai ter o que nunca teve em casa, que é estudo”, pensa.

Ele pensa em como fazer para voltar para casa e ao trabalho como pescador. “Eu sou um homem de bem e vou ter que vender minhas coisas e sair da minha casa? É um absurdo porque não fui eu quem mandou meus filhos fazerem besteira”.

Vítima morreu para defender a prima

Priscila da Silva, de 15 anos, trabalhava como babá durante o dia e estudava à noite. Fazia o 5º ano do ensino fundamental. Com o dinheiro que ganhava, ajudava a mãe a criar os quatro irmãos mais novos. Na sexta-feira da semana passada ela saiu de casa à noite para ir a uma festa e acabou assassinada a facadas por Dayane, que tinha ódio na verdade da prima dela.

Dona Maria Dalva da Silva, de 46 anos, mãe de Priscila, não come e não dorme direito desde então. E ainda anteontem foi parar no hospital por ter passado mal. “Minha filha era a alegria da minha casa. Uma menina que não dava trabalho nenhum”, disse a mãe inconsolada. Na Vila Vintém, onde a menina morava, o clima é de tristeza, mas também de revolta.

Nos depoimentos prestados por vizinhos e familiares Priscila é retratada como “uma jovem alegre, simpática, que conquistava todo mundo facilmente”. A prima dela é quem tinha inimizade e já era jurada por Dayane. “A Dayane já tinha batido na prima dela no meio da rua”, disse Maria Dalva.

A prima de Priscila é casada com um rapaz que já namorou a adolescente infratora. Daí a ciumeira. Na noite de sexta, a vítima saiu de casa por volta das 21h30. Junto com ela estava, além da prima, uma outra amiga. As três cruzaram com Dayane ao lado da igreja matriz de  Canguaretama,  já depois da festa, por volta das 2h30 do sábado.

“Dayane estava com uma amiga. E já chegou atacando, dando um tapa na prima de Priscila, que caiu. A menina se levantou e reagiu. Ai tomou a primeira facada”, contou Maria Dalva. A prima de Priscilla sofreu um sério corte na mão, que precisou de 22 pontos. Priscila sofreu duas facadas no peito  e uma na cabeça, sendo levada ao hospital. “Eu peguei no sono e me acordaram de madrugada, dizendo que tinha acontecido uma confusão. Quando cheguei no hospital minha filha já estava morta”, disse a mãe.

A família de Priscila já sabia do comportamento agressivo de Dayane. Segundo um irmão de Priscila, a infratora tinha entrada proibida em uma discoteca da cidade.

Menor não demonstra arrependimento

Dayane foi presa pela Polícia Militar poucas horas depois de cometer o assassinato. Segundo testemunhas, não se alterou e chegou a dizer tranquilamente que podia passar cem anos na cadeia, mas que sairia para matar a prima de Priscila da Silva, já que “tinha matado a pessoa errada”.

O delegado Robson Coelho foi quem recebeu a garota para o registro da ocorrência e se impressionou com a indiferença da jovem em relação a tudo que havia ocorrido. “Eu perguntei a ela se estava arrependida. Ela disse que sim, mas não demonstrava. Estava muito tranquila, o tempo todo”, disse o delegado.

Robson Coelho contou também detalhes do crime, que demonstram o grau de violência das agressoras contras as vítimas. Segundo ele, a faca utilizada chegou a ser quebrada no corpo de Priscila, que continuou a ser agredida mesmo depois de esfaqueada. “A amiga de Dayane contou que ela ficou chutando o rosto de Priscila, que já estava caída”.

Dayane ficou em uma sala na DP de Canguaretama no sábado. Foi levada para dormir no conselho tutelar de Vila Flor e na manhã seguinte retornou. Sempre, sem esboçar qualquer incômodo com o fato de estar detida.
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      Quadrilha que explorava sexualmente travestis é presa no Rio de Janeiro 
    Por Redação 10/9/2009 - 11:38


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A delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (DCAV) do Rio de Janeiro prendeu cinco pessoas que faziam parte de uma quadrilha especializada em explorar sexualmente travestis na Baixada Fluminense. O esquema faturava por volta de R$ 60 mil por mês.

A investigação teve início após algumas travestis adolescentes terem feito denúncias a respeito do esquema criminoso. Segundo elas, além de explorarem sexualmente as meninas, eles também as submetiam a tortura. Segundo a polícia, cerca de 80 pessoas eram exploradas.

O trabalho durou três meses até que a DCAV chegasse até os líderes da quadrilha. São eles: Ulisses Menezes da Mota, conhecido como Iarley e Claudio dos Santos, vulgo Boró. A equipe policial ainda trabalha com a suspeita de Ulisses estar por trás de um esquema de envio de travestis para a Europa, onde ele cobrava 12 mil euros pelo serviço.

Na mesma ação foram presas também Graciele, Rafaela e Eliane da Silva, que segundo investigação eram as pessoas que cobravam as taxas das travestis e administravam os pontos onde elas trabalhavam.

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Fontes:
1ª Notícia:http://tribunadonorte.com.br/noticia/policia-detem-trio-apos-assalto-em-lagoa-nova/124767 (Tribuna do Norte)

2ª Notícia:http://tribunadonorte.com.br/noticia/menor-esta-sob-a-custodia-do-estado/124861
 (Tribuna do Norte)

3ª Notícia:http://www.acapa.com.br/site/noticia.asp?codigo=9214&titulo=Quadrilha+que+explorava+sexualmente+travestis+%E9+presa+no+Rio+de+Janeiro (A Capa)

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Especial: Morte Michael Jackson, aos 50 anos.


Michael Jackson morre aos 50 anos

Especial Michael Jackson
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Famosos comentam morte de Jackson
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Carreira: saiba mais sobre o mito
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Michael Jackson morre aos 50 anos
Reprodução
Atualizada às 20h28
Michael Jackson, 50 anos, faleceu nesta quinta-feira (25), às 18h26 (horário de Brasília). A informação é oficial do Hospital da Universidade da California, em Los Angeles, nos Estados Unidos. Familiares de Jackson e muitos fãs foram até o hospital prestar homenagens ao cantor.
Às vésperas de uma turnê de shows em Londres, o cantor sofreu uma parada cardíaca em sua casa, em Bel Air, e foi levado de ambulância para o hospital (cerca de seis minutos da residência). Segundo o jornal "Los Angeles Times", fontes policiais afirmaram que ele foi declarado morto pelos médicos após chegar ao hospital em coma profundo.
Na foto acima (do site "ETonline), Michael está em uma maca, amparado pelos paramédicos, ao sair de sua mansão.
O socorro foi chamado às pressas à casa de Michael pouco depois do meio-dia (horário americano) desta quinta-feira. O capitão Steve Ruda, responsável pela equipe de resgate, afirmou que os paramédicos da ambulância verificaram que o cantor não estava respirando, e foi realizada uma massagem cardíaca em Michael dentro do veículo de socorro.
As circunstâncias da morte de Jackson ainda não estão totalmente esclarecidas. O Instituto de Medicina Legal confirmou a morte por infarto. Para o Departamento de Polícia de Los Angeles, não há indícios de infrações penais. De qualquer maneira será aberta uma investigação para esclarecer o fato.
A turnê de shows do astro do pop em Londres foi adiada. Muito se especulou a respeito da saúde do cantor, principalmente quando o jornal "The Sun" publicou em nota que Michael sofreria de um câncer de pele.
Segundo amigos próximos, Jackson teria dito que tinha a certeza que morreria em breve.
O cantor estava se preparando fisicamente para a turnê com Lou Ferrigno, que viveu o herói "Hulk" em um seriado dos anos 1970. Ele era o personal trainer de Michael. O excesso de treinos já é apontado, pela mídia americana, como um dos prováveis motivos para o infarto.
Carreira
Nascido em 29 de agosto de 1958, Jackson começou a cantar e a dançar aos cinco anos de idade. Tornou-se um fenômeno aos 11, à frente do Jackson 5, onde cantava com seus irmãos.
Mas a consagração veio com a carreira solo. Cinco de seus álbuns de estúdio se tornaram os mais vendidos mundialmente de todos os tempos: "Off the Wall" (1979), "Thriller" (1982), "Bad" (1987), "Dangerous" (1991) e "HIStory: Past, Present and Future – Book I" (1995). "Thriller", inclusive, é até hoje o álbum mais vendido da história.
Michael foi o criador de um estilo totalmente novo de dança, utilizando especialmente os pés. Com suas performances no palco e clipes, Jackson popularizou uma série de complexas técnicas de dança.
No entanto, outros aspectos da sua vida pessoal, como a mudança de sua aparência, principalmente a da cor de pele devido ao vitiligo, geraram controvérsia significante a ponto de prejudicar sua imagem pública.
Em 1993 foi acusado de abuso de crianças, mas a investigação foi arquivada devido a falta de provas e Jackson não foi a tribunal. Depois, casou-se e foi pai de três filhos, todos os quais geraram controvérsia do público. O cantor teve experiências com crises de saúde desde o início dos anos 90 e sofreu também comentários sobre sua situação financeira. Em 2005, Jackson foi julgado e absolvido das alegações de abuso infantil.
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BBC Brasil - 25/06/2009 22:09

A trajetória musical de Michael Jackson

O artista imprimiu o nome na história da música com 40 anos de carreira.

A mistura singular de soul, funk e rock tornaram Michael Jackson o maior artista do pop no mundo.

Além da música, a astúcia do artista para os negócios e a compreensão intuitiva sobre o mercado da música permitiram ampla divulgação e promoção dos seus talentos. Também por conta disso, ele vendeu milhões de álbuns e quebrou diversos recordes na indústria do entretenimento.

Com a presença vocal de artistas como Marvin Gaye e Stevie Wonder e a os movimentos de dança tão peculiares quanto os de James Brown, o sucesso de Michael Jackson ultrapassou fronteiras nacionais e raciais.

O primeiro passo do artista no mercado da música aconteceu em 1968, com a assinatura do contrato do grupo Jackson Five - formado por Michael e quatro de seus irmãos - com a gravadora Motown. Na época do lançamento do primeiro single, o artista tinha apenas 11 anos de idade.

O grupo se tornou o primeiro da história da música pop a ter quatro singles em primeiro lugar nas paradas de sucesso com as faixas I Want You Back, ABC, The Love You Save e I'll Be There.

Não demorou para que Michael Jackson se tornasse o centro das atenções e superasse o sucesso dos irmãos.

Ascenção

Mas foi em meados da década de 70, enquanto Michael trabalhava no musical The Wiz – uma versão de O Mágico de Oz com elenco de atores negros, que ele conheceu o homem que o tornaria uma estrela e mudaria o mundo da música pop.

O produtor musical, compositor e arranjador Quincy Jones, autor de hits para artistas como Frank Sinatra e Aretha Franklin, transformou o talento do artista e ajudou na criação de um novo estilo musical.

A primeira colaboração entre os dois foi o álbum Off the Wall, de 1979. O disco foi o primeiro a ter quatro hits de um único artista entre os 10 primeiros sucessos da parada musical. Além da faixa título, Don't Stop Till You Get Enough, Rock With You e She's Out of My Life conquistaram o mercado da música.

Quatro anos mais tarde foi a vez de Thriller – o álbum que definiria a carreira de Michael Jackson. Sete das nove faixas que traziam uma mistura de disco, R&B e funk se tornaram hits e transformaram o disco no álbum mais vendido de todos os tempos, com pelo menos 65 milhões de cópias vendidas.

Foi também com Thriller que Michael Jackson imprimiu seu nome na história dos vídeo clipes. Depois de ter experimentado o meio com Off the Wall, Jackson elevou o vídeo clipe a um novo patamar.

O vídeo, de 14 minutos, custou cerca de U$ 500 mil e trazia efeitos especiais de última geração. Foi a partir de Thriller que a produção de um vídeo clip de sucesso se tornou uma espécie de obrigatoriedade para a carreira de qualquer estrela do pop. O vídeo também abriu as portas para a música negra no canal de televisão dedicado à música MTV.

Além do sucesso da carreira solo, Jackson também gravou uma série de duetos com Paul McCartney, que havia assinado uma das faixas de Off The Wall. Os dois realizaram diversas parcerias em discos e lançaram diversos hits como Say, Say, Say.

Fenômeno

O relacionamento entre os dois começou a se deteriorar em 1985, depois que Michael Jackson arrematou em um leilão, os direitos do catálogo da ATV, que incluía os direitos sobre sucessos de mais de 250 músicas compostas por John Lennon e Paul McCartney. A aposta do músico para a compra do catálogo superou a do próprio McCartney, assim como a de Yoko Ono.

No mesmo ano, o single We Are The World, parceria entre Jackson e Lionel Ritchie atingiu o topo das paradas de sucesso nos Estados Unidos.

O fenômeno Michael Jackson parecia invencível até 1987, com o lançamento de Bad, o terceiro e último disco da parceria com Quincy Jones.

O disco fez cinco hits, incluindo Man in the Mirror e Dirty Diana, e também rendeu um vídeo de 17 minutos, dirigido por Martin Scorcese, para promover a faixa-título e uma turnê de um ano que se tornaria a mais lucrativa da história até aquele momento.

No album seguinte, Dangerous, de 1991, Michael trouxe uma música mais crua do que os discos anteriores.

O encanto em torno do artista continuou, com hits como Heal the World e Black and White, que se tornaram sucessos mundiais, apesar das manchetes nos tablóides e casos na Justiça que começavam a ameaçar a reputação do cantor.

Desencanto

Mas em 1995, a compilação HIStory, com sucessos consagrados e material novo do artista, fracassou em encantar o público com a mesma intensidade dos trabalhos anteriores.

O disco apareceu ligeiramente nas paradas de sucesso, apesar dos mais de U$30 milhões gastos em campanhas publicitárias – o maior orçamento já usado para promover um álbum.

A razão do fracasso – seja o comportamento polêmico do artista, a crescente especulação sobre sua vida pessoal ou apenas o desvio do interesse do público para ritmos como o rap e o hip-hop – permanece aberta ao debate.

Um faixa em particular – They Don't Care About Us, que fazia uma alusão aos judeus, causou ultraje em muitas pessoas, inclusive o amigo de longa data do músico, o diretor de cinema Steven Spielberg, que considerou a música antissemita.

A participação do artista na cerimônia de entrega no prêmio musical Brit Awards, em 1996, quando apareceu rodeado por crianças e por um rabino, parece ter sido o estopim para muitos. Nessa ocasião, o músico Jarvis Cocker, da banda Pulp, interrompeu a apresentação de Michael Jackson, invadiu o palco e abaixou as calças.

BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.
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BBC Brasil - 26/06/2009 07:49

Estresse por retorno aos palcos 'fez coração de Michael parar', diz amigo íntimo

Em entrevista à BBC, o guru Uri Geller falou da relação do cantor 'gênio incompreendido' com crianças e com a mídia.

O guru Uri Geller, amigo íntimo de Michael Jackson, disse nesta sexta acreditar que o estresse físico e mental em antecipação à "megatemporada" de 50 shows do cantor em Londres "fez o seu coração parar".

"Não sou médico, mas acho que isso fez o seu coração parar", disse Geller à BBC. "Essa turnê de 50 shows era simplesmente assustadora."

Michael Jackson havia anunciado que faria a partir do dia 13 de julho, em Londres, os últimos 50 shows de sua carreira. As apresentações em bloco, concentradas neste verão na arena O2, no leste da capital britânica, marcariam a volta de Michael Jackson aos palcos após dez anos sem realizar shows.

A última turnê havia sido entre 96 e 97, quando Michael fez 82 shows com o espetáculo "HIStory" em 58 cidades. Seu último álbum com material original foi lançado em 2001.

Nesta sexta-feira, o amigo do cantor disse acreditar que "a antecipação, os níveis de estresse, a ansiedade para o que viria em Londres" não foi saudável para o ídolo pop de 50 anos.

Uri Geller, que vive na Grã-Bretanha e teve Michael Jackson como padrinho de casamento, disse ainda que o cantor certa vez descreveu a si mesmo como "um homem muito solitário".

As declarações foram dadas a diferentes programas de rádio e televisão da BBC de sua casa em Sonning, no condado inglês de Berkshire.

Em uma das entrevistas, Uri Geller comentou a relação de Michael Jackson, que foi julgado sob acusação de abusar sexualmente de um garoto adolescente, com menores de idade.

Em outro momento, o guru falou sobre a conturbada relação do cantor com a mídia, afirmando que a imprensa e as tevês "adoravam" colocá-lo "em um pedestal", para em seguida "destruir o pedestal".

Leia a seguir o que Geller falou sobre vários aspectos da vida de Michael Jackson:

A megaturnê em Londres "Essa turnê de 50 shows era simplesmente assustadora – 50 shows para qualquer estrela, para qualquer superestrela, é algo imenso. Eu não entendo por que ele decidiu fazer isso consigo mesmo. Aparentemente ele queria provar para o mundo que ele é o número um, que ele ainda é Michael Jackson, que ele ainda poderia fazer um "Thriller", que ele conseguiria. E, sabe, acho que a antecipação, os níveis de estresse, a ansiedade para o que viria em Londres era tão grande, acho, que isso – bem, não sou médico – mas acho que isso fez o seu coração parar."

O 'gênio solitário' "A pessoa que eu conheci foi um gênio, foi um ícone, um ídolo, mas também um ser humano, um ser humano incompreendido. Eu nunca vou esquecer um dia em que ele estava aqui em Sonning, na minha casa. Nós estávamos sós na sala e eu olhei para ele e perguntei: 'Michael, você é um homem solitário?' Ele me olhou, e segundos e mais segundos se passaram, até que ele disse: 'Uri Geller, sou um homem muito solitário'. De certa forma aquilo disse tudo: ele era tão incrível, tão único à sua própria maneira, no que fazia, sua música, sua personalidade, a celebridade. A bizarrice, às vezes a estranheza nele"

A relação com menores "Em algumas ocasiões eu cheguei a gritar com ele, disse a ele para simplesmente não fazer coisas que eu achava que estavam manchando sua reputação – embora eu, em todos os anos que o conheci, nem por uma fração de segundo acreditei que algumas das acusações que estavam sendo levantadas contra eles eram verdadeiras. Mas ele era uma criança e não entendia essas coisas. Quando eu disse a ele furiosamente 'Michael, você não pode trazer crianças para a sua cama', ele apenas olhou para mim e… bem, ele era uma criança de coração, preso em um corpo de adulto."

A relação com a mídia "O mundo inteiro sabia de Michael Jackson. Ele era um bom pai. Muitas vezes eu estive presente quando ele estava com as crianças, e ele era humilde, era carinhoso, era generoso, mas sim, era incompreendido. A imprensa adorava destruí-lo, a mídia o colocava em um pedestal e depois destruía o pedestal. Portanto… sim, ele era muito polêmico, ele viveu um inferno, viveu um inferno muitas vezes, especialmente durante o caso na Justiça e com tudo o que estava sendo dito sobre ele."

BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.
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Michael Jackson morre aos 50 anos

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Michael Jackson morre aos 50 anos
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Atualizada às 20h28
Michael Jackson, 50 anos, faleceu nesta quinta-feira (25), às 18h26 (horário de Brasília). A informação é oficial do Hospital da Universidade da California, em Los Angeles, nos Estados Unidos. Familiares de Jackson e muitos fãs foram até o hospital prestar homenagens ao cantor.
Às vésperas de uma turnê de shows em Londres, o cantor sofreu uma parada cardíaca em sua casa, em Bel Air, e foi levado de ambulância para o hospital (cerca de seis minutos da residência). Segundo o jornal "Los Angeles Times", fontes policiais afirmaram que ele foi declarado morto pelos médicos após chegar ao hospital em coma profundo.
Na foto acima (do site "ETonline), Michael está em uma maca, amparado pelos paramédicos, ao sair de sua mansão.
O socorro foi chamado às pressas à casa de Michael pouco depois do meio-dia (horário americano) desta quinta-feira. O capitão Steve Ruda, responsável pela equipe de resgate, afirmou que os paramédicos da ambulância verificaram que o cantor não estava respirando, e foi realizada uma massagem cardíaca em Michael dentro do veículo de socorro.
As circunstâncias da morte de Jackson ainda não estão totalmente esclarecidas. O Instituto de Medicina Legal confirmou a morte por infarto. Para o Departamento de Polícia de Los Angeles, não há indícios de infrações penais. De qualquer maneira será aberta uma investigação para esclarecer o fato.
A turnê de shows do astro do pop em Londres foi adiada. Muito se especulou a respeito da saúde do cantor, principalmente quando o jornal "The Sun" publicou em nota que Michael sofreria de um câncer de pele.
Segundo amigos próximos, Jackson teria dito que tinha a certeza que morreria em breve.
O cantor estava se preparando fisicamente para a turnê com Lou Ferrigno, que viveu o herói "Hulk" em um seriado dos anos 1970. Ele era o personal trainer de Michael. O excesso de treinos já é apontado, pela mídia americana, como um dos prováveis motivos para o infarto.
Carreira
Nascido em 29 de agosto de 1958, Jackson começou a cantar e a dançar aos cinco anos de idade. Tornou-se um fenômeno aos 11, à frente do Jackson 5, onde cantava com seus irmãos.
Mas a consagração veio com a carreira solo. Cinco de seus álbuns de estúdio se tornaram os mais vendidos mundialmente de todos os tempos: "Off the Wall" (1979), "Thriller" (1982), "Bad" (1987), "Dangerous" (1991) e "HIStory: Past, Present and Future – Book I" (1995). "Thriller", inclusive, é até hoje o álbum mais vendido da história.
Michael foi o criador de um estilo totalmente novo de dança, utilizando especialmente os pés. Com suas performances no palco e clipes, Jackson popularizou uma série de complexas técnicas de dança.
No entanto, outros aspectos da sua vida pessoal, como a mudança de sua aparência, principalmente a da cor de pele devido ao vitiligo, geraram controvérsia significante a ponto de prejudicar sua imagem pública.
Em 1993 foi acusado de abuso de crianças, mas a investigação foi arquivada devido a falta de provas e Jackson não foi a tribunal. Depois, casou-se e foi pai de três filhos, todos os quais geraram controvérsia do público. O cantor teve experiências com crises de saúde desde o início dos anos 90 e sofreu também comentários sobre sua situação financeira. Em 2005, Jackson foi julgado e absolvido das alegações de abuso infantil.
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Michael Jackson:
Nasceu em 1958
Morreu em 2009
Aos 50 anos
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Notícias|Luto
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Especial
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Farrah Fawcett não resiste ao câncer e morre nos EUA

Veja fotos da atriz!
Com risco de morte, Farrah Fawcett aceita se casar
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Atriz faz desabafo sobre câncer
Atriz faz desabafo sobre câncer
Farrah Fawcett não resiste ao câncer e morre nos EUA
Reprodução
Farrah Fawcett, de 62 anos, que há três anos lutava contra um agressivo câncer no reto, morreu nesta quinta-feira (25), em Los Angeles, nos Estados Unidos.
À revista "People", Ryan O’Neal, seu companheiro de 30 anos, declarou que a amada "está em um lugar melhor agora". "Ela está com sua mãe, irmã e seu Deus. Eu a amava com todo meu coração. E já sinto muito sua falta. Ela já não estava mais consciente. Eu conversei com ela durante toda noite. Eu falei para ela o quanto eu a amava. Ela está em um lugar melhor agora", afirmou.
A atriz foi sexy symbol nas décadas de 70 e 80 e ficou famosa ao fazer parte do primeiro elenco da série "As Panteras".
Em 2006, a veterana descobriu a doença e até chegou a fazer um documentário, dois anos depois, que detalhava o tratamento médico o qual se submeteu nos últimos anos. O programa, transmitido pela emissora americana NBC, foi assistido por cerca de nove milhões de pessoas.
Segundo a imprensa internacional, a atração superou a audiência de todos os outros programas exibidos no último ano na TV norte-americana - exceto dos Jogos Olímpicos de Pequim. O câncer de Farrah já havia atingido o fígado.
O’Neal está tentando conseguir que Redmond, filho de Farrah, seja temporariamente liberado da prisão para participar do velório e do enterro. Ele está confinado em um centro de desintoxicação de drogas. Segundo O'Neal contou à "People", Redmond conversou com Farrah pelo telefone e "falou o quanto a amava e pediu para que ela o perdoasse. Ele disse que sentia muito".
Casamento
Mesmo correndo risco de morte, O'Neal pediu Farrah em casamento semanas atrás. "Vamos nos casar assim que ela conseguir dizer 'sim'. Talvez ela só consiga acenar com a cabeça", disse ele à apresentadora Barbara Walters, da ABC, em programa que seria exibido nesta sexta-feira.
Infelizmente, os planos não foram concretizados. Após a morte da atriz nesta quinta, O'Neal afirmou que "não tivemos tempo suficiente, e Farrah não estava em condições disso".
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Entendimento
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OAB SE MOBILIZA E CONSEGUE PARAR OBRA NO FÓRUM DE ARUJÁ, CONSIDERADA IRREGULAR

Uma obra que construiria uma terceira sala de audiência para o Juizado Especial Civil no pavimento superior do Fórum de Arujá foi alvo de protestos por parte dos advogados da cidade.

Logo pela manhã, quando teve início os trabalhos da empreiteira Florestana, o presidente da OAB local, Luiz Antonio de Camargo e uma comissão de mais de 15 advogados ligados à entidade se mobilizaram em frente ao prédio para impedir a obra.

De acordo com Luiz Camargo a obra é considerada irregular por não possuir projeto arquitetônico e porque a empreiteira foi contratada sem licitação. "Nós temos como bem maior o interesse da população e é justamente contra o interesse da população que essa obra está sendo edificada".

Ele afirma que outro fator que desagradou a OAB é que a classe não foi consultada a respeito da realização da obra. "Nos causou muito espanto inclusive a forma com que ela está sendo iniciada sem se quer ser dada ciência à OAB, sem os advogados terem conhecimento".

Camargo explica que além de irregular a obra é desnecessária e prejudicará o atendimento à população e o trabalho dos advogados. "Nós vamos ter suprimido um espaço muito importante que era reservado para sala de espera, então num espaço que já é parco e pequeno vai ficar simplesmente impraticável as pessoas circularem pelas três varas".

Ele conta que a obra prevê que o pavimento superior tenha três salas de audiência, três gabinetes de juízes e três salas de promotores de justiça num espaço físico que sequer contemplaria uma sala. "O que nos causa maior desconforto é que hoje essa vara do Juizado Especial está muito bem instalada. Então já houve uso do dinheiro público para instalar adequadamente a Vara do Juizado Especial, que está hoje instalada num prédio anexo ao Fórum, então não sei a que interesses essa obra vai servir".

O presidente da OAB afirma que em dias normais circulam pelo local de 40 a 50 pessoas e que com a obra vão passar a circular cerca de 80 pessoas. "O pior será quando chegarem os ‘bondes’ com os presos. Você imagina 40 a 50 pessoas entre mulheres, crianças, adolescentes, pessoas idosas se misturando com as pessoas que chegam presas e com as pessoas algemadas, com escolta policial, onde é que vai ficar todo mundo?", questiona.

Ele diz que não que a obra não atende aos interesses da população. "O que eu vejo é que é uma obra descabida e o pior, não fosse tudo isso, nós estamos pedindo já há alguns dias que nos apresentem cópia do projeto aprovado e ninguém tem, não existe sequer uma ART (Anotação de Responsabilidade Técnica) assinada".

A OAB afirma que além de prejudicar o atendimento ao público a obra padece de ilegalidade já que não foram obedecidos os procedimentos necessários para aprovação e implantação. "Se tivesse uma ART e um projeto nós acionaríamos judicialmente quem assinou isso, era muito mais fácil. Então nós não podemos nos omitir".

Camargo diz lamentar profundamente ter que realizar uma mobilização para impedir a obra. "Mas é a necessidade imperativa que nos leva a exigir que nos apresentem ao menos a documentação comprovando que a obra é irregular.

Ele afirma que existe inclusive um inquérito civil nº 06/09 de 20 de fevereiro de 2009 iniciado no Fórum de Arujá pela Promotoria antevendo que não teria acessibilidade para deficientes. "A Promotoria exigiu cópia do projeto há mais de 30 dias e esse projeto não foi apresentado até ontem (8/4) e agora de uma forma absolutamente abrupta essa obra se inicia sem que a Promotoria e a população tenham cópia do projeto e sem que a OAB seja consultada".

O responsável pela obra que representa a empreiteira Florestana que se identificou apenas como Cláudio afirma que chegou ao local com a equipe e os materiais necessários para dar início à obra por volta das 7h00 desta quinta-feira, 09. Questionado sobre a documentação da obra ele respondeu que não tem conhecimento desse procedimento. "Aí tem que ver com o pessoal da Prefeitura. Tenho que aguardar uma posição deles porque estou com o pessoal aqui e não sei o que fazer", disse.

Ele afirma que são apenas contratados para fazer o serviço e que recebeu ordem da Prefeitura na quarta-feira, 08, para dar início à obra. A equipe chegou a quebrar algumas paredes do local, mas com a chegada dos advogados suspendeu os trabalhos e ficou no aguardo de uma posição da Prefeitura Municipal.

Após tentar, sem sucesso, entrar em contato com a Prefeitura por várias vezes, Cláudio e a equipe recarregaram os caminhões com os materiais e equipamentos que seriam utilizados na obra e por volta das 12h00 foram embora do local sem previsão de retomar os serviços.

Advogados afirmam que obra dificultará acessibilidade

Todos os advogados presentes na manifestação pacífica realizada no local demonstraram indignação com a construção da sala. A advogada Flávia Sanches alega que o descontentamento não é só em relação à obra. "Nós já percebemos um completo descaso com a classe, que nunca é ouvida", afirma.

Ela afirma que a mobilização aconteceu porque os advogados utilizam o espaço e dependem dele para trabalhar. "Nós temos leis, somos operadores do Direito e o motivo de nós estarmos aqui hoje é que não estão sendo respeitadas as leis. As pessoas agem como se fossem donos da verdade e como se não existisse uma segunda opinião para nada".

Flávia explica que a construção da sala não leva em consideração os direitos da população e dificultará o acesso das pessoas que possuem dificuldade de locomoção e que a ação é um desrespeito ao dinheiro público. "Existe a lei do deficiente, nós não temos elevador no prédio, acessibilidade, até mesmo um atendimento humanizado e o que nós queremos é que tudo seja devidamente regulamentado e adequado para o atendimento porque o público final é a população"

A advogada explica que há muitos anos já se vem questionando a construção de um novo prédio do Fórum. "Há muito tempo estão querendo colocar isso no papel. Eu acredito que já haja menção a respeito e exista alguma coisa nesse sentido, só que infelizmente isso ainda não chegou às pessoas realmente interessadas para se colocar em execução na forma legal".

Ela reclama da forma como a obra teve seu início. "Infelizmente não conseguimos ter a presença de todos por conta do feriado e via de regra o que está sendo feito aqui demonstra intenção ardilosa porque fazer uma obra dessa num feriado como esse é afrontar demais e ficou uma situação bem chata".

A advogada Janecleide Alves da Silva também demonstrou indignação com o serviço. "Eu como advogada atuante da comarca estou perplexa com essa situação porque a gente já tem um atendimento precário no Juizado Especial, talvez haja necessidade de se ampliar o prédio do Fórum, mas a obra que pretende ser realizada vai causar inúmeros problemas para os advogados, para a população e para os funcionários".

Ela justifica dizendo que não vai existir qualquer espaço onde os advogados possam falar com suas testemunhas, e que partes e testemunhas terão que ficar fora do Fórum porque não haverá espaço para comportar todos. "Então é uma verdadeira afronta ao exercício da nossa profissão e realmente à própria população".

Dra. Jane afirma que vai ser um problema não só para os advogados que vão fazer audiência, mas também para os que vão consultar processos no balcão porque vai tudo virar um espaço único. "Isso não tem a menor condição e sem contar que no Juizado Especial já existe uma sala de audiência apropriada onde hoje já são realizadas audiências, então é uma obra desnecessária".

A advogada Tânia Vieira Dantas também considera a obra desnecessária porque segundo ela atende apenas ao interesse do juiz do JEC (Juizado Especial Cível). "Que necessidade tem de fazer uma obra para uma única pessoa? As coisas têm que atender a coletividade, aliás vão tirar alguns funcionários de seus lugares para dar espaço a ele sendo que ele já tem uma sala ótima, ampla. E o princípio da dignidade humana e da coletividade?".

Ela concorda que a obra dificultará o trabalho dos advogados e prejudicará o atendimento ao público. "O balcão tem um espaço reduzido e se misturar com a sala de espera como é que a gente vai conseguir trabalhar? A espera no balcão já é longa, isso só vai prejudicar o andamento processual, o atendimento à população e prejudicar muito os advogados".

Ela acredita que com o tumulto de pessoas que a nova sala vai gerar no local pode haver restrição da entrada da população ao prédio. "Obviamente eles vão começar a restringir a entrada das pessoas ao Fórum, e isso é desumano".

Em relação à acessibilidade a moradora Tereza Fernandes dos Santos, que possui dificuldades de locomoção e utiliza os serviços do Fórum disse que apóia o movimento dos advogados. "É muito complicado, essa obra jamais deveria acontecer, vai dificultar muito a gente conseguir ter acesso às salas".

Tereza ainda afirma que será constrangedor. "A gente já anda hoje com medo aí você vai num lugar da justiça e ainda tem que ficar num lugar junto com os bandidos?. Em Arujá eu acho que as coisas são muito organizadas, mas sobre isso aí eu não concordo", finaliza.

Prefeitura afirma que a obra não é ilegal

Através da Assessoria de Imprensa a Prefeitura Municipal de Arujá contestou a versão da OAB e afirmou que a obra não é irregular, pois foi realizada uma licitação para contratação da empresa e que por isso certamente existe um projeto da obra.

A administração explica que recebeu uma determinação do Poder Judiciário para a reforma do prédio, cedido pela Prefeitura, e em janeiro de 2008 foi aberto um processo administrativo solicitando o início da obra.

Posteriormente foi aberto um processo de licitação que resultou na contratação da empreiteira Florestana. "Se houve licitação é óbvio que há um projeto da obra", ressaltam.

A Prefeitura explica que a equipe da empreiteira não foi embora por determinação da administração pública e sim por conta da manifestação da OAB.

A Assessoria de Imprensa ainda informou que até o final da tarde desta quinta-feira, 09, não havia nenhum impedimento que pudesse parar a obra, por isso os serviços devem ser retomados conforme decisão da própria empreiteira.

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Fonte: Jornal da Cidade de Arujá
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Mulheres com crianças são detidas por tráfico

Luciana La Fortezza

Às vésperas da Páscoa, quando parentes se reúnem por conta do feriado cristão, uma família da Vila São Paulo, em Bauru, foi desmanchada por conta do tráfico de drogas. Elza Pisolate, 49 anos, foi presa em flagrante ontem pela manhã, assim como a nora dela, Michele Aparecida Pereira Prado, 23 anos, mãe de um garoto de 6 anos e um bebê de 2 meses. Pelo menos inicialmente, os irmãos ficarão sem mãe nem pai, uma vez que marido dela está preso em virtude de outra ocorrência. Na noite de ontem, o neto de Elza, um adolescente, também foi apreendido.
A família comercializava crack e maconha, na quadra 1 da rua Santo Garcia, pelo buraco do hidrômetro, informa o delegado Kléber Granja, da Delegacia de Investigações sobre Entorpecente (Dise). O modo como procediam foi observado por cerca de 15 dias, durante campana realizada por equipes da delegacia, onde foram registradas mais de dez denúncias sobre o ponto. Pelo bairro, comentava-se que a família, agora desestruturada, enfrenta o drama de muitas outras, que ainda sofrem com usuários fora de controle.
A maior parte deles freqüentava o local no final da tarde e à noite. Na casa, os policiais encontraram 33 pedras de crack acondicionadas num pequeno recipiente de remédio, dentro da gaveta de uma penteadeira, onde estavam também R$ 310,00 em notas pequenas. Mais R$ 40,00 foram encontrados no sutiã de Elza. Já 135 gramas de maconha (quantidade capaz de ser dividida em 300 porções) estavam num guarda-roupa, junto com as coisas de Michele, informa o delegado.
A Dise ainda encontrou três celulares, seis cartuchos calibre 38 e dois cartuchos de munição para espingarda calibre 12 (uso exclusivo das forças policiais), que disseram ter encontrado na rua. As mulheres responderão por tráfico de drogas e associação para o tráfico, com o agravante de envolverem um adolescente no esquema.
“Tráfico familiar está muito comum. Tem bastante. Pela confiança, facilidade de dividir o lucro, além de um não entregar o outro. Mas aí a família toda é presa”, comenta o delegado. O adolescente permaneceria no Núcleo de Apoio Integrado (Nai), ligado à Fundação Casa, até deliberação judicial. Elza e Michele seriam conduzidas, ontem à tarde, para a cadeia feminina em Pirajuí, onde o bebê pode ser encaminhado para permanecer na presença da mãe, que o continuaria amamentando. A possibilidade será estudada pelo Conselho Tutelar, que fez um termo de guarda das crianças para a tia delas, filha de Elza. Segundo a presidente da entidade, Sônia Almeida Justino, o regimento interno da unidade prisional será analisado.
Normalmente, fica com a mãe o bebê da mulher que terminou a gestação já presa. Nesta situação, informa Sônia, o recém-nascido permanece numa área especial até completar 6 meses. Mas o direito da mãe amamentar o filho no peito está previsto na Constituição do Estado de 89, informa o juiz da Vara da Infância e Juventude, Ubirajara Maintinguer.
“Se o local não é adequado não quer dizer que o direito não tenha que ser observado com as condições existentes. Não é primeira vez que isso acontece. O ideal seria a existência de berçário, lactário, creche. Mas isso parece que virá somente com a construção dos presídios femininos”, comenta o magistrado. De acordo com ele, neste caso específico, o bebê de 2 meses deve acompanhar Michele. Porém, se o Conselho Tutelar achar que não tem condições, deverá abrigá-lo. “Aí terá de valer-se do banco de leite”, conclui. Conforme a reportagem apurou, não é comum presas amamentarem na cadeia pública de Pirajuí.

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Sete pessoas foram presas suspeitas de tráfico de drogas e outros crimes

Eles estavam escondidos em uma casa em Macaparana, na Zona da Mata; a polícia investiga a participação deles em assaltos na cidade

pe360graus_logo

Da Redação do pe360graus.com

Sete pessoas foram presas nesta quarta-feira (8), no município de Macaparana, na Zona da Mata de Pernambuco. Eles são suspeitos de porte ilegal de armas, corrupção de menores, formação de quadrilha, receptação e tráfico de entorpecentes. Além disso, a polícia investiga a participação do grupo em assaltos na cidade.
A polícia chegou até eles depois de uma operação de investigação. As sete pessoas, quatro mulheres e três homens, estavam escondidos em uma casa no município. São eles:
- Aluízio José da Silva, aproximadamente 44 anos
- Deyse Idalina da Silva, 26 anos
- José Emerson da Silva, 27
- José Rubens Ferreira, 35
- Juliandro Rodrigues da Silva, 19
- Severina Aparecida da Silva, 32
- Márcia Taciana da Silva, 28

Com eles também estava um adolescente de 16 anos, que foi apreendido. A polícia encontrou na casa um revólver, quatro facas peixeira e aproximadamente 20 gramas de maconha.

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Fonte: pe960°graus
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Mulher é presa tentando vender drogas a adolescente em Manaus

03 de abril de 2009.

MANAUS – A polícia prendeu em flagrante, ontem (2), Rosiane Peixoto de Souza, no momento em que ela vendia drogas a um adolescente, na rua da Cachoeira, São Jorge, zona Oeste de Manaus.
Com Rosiane, foram encontradas quatro trouxinhas de maconha. Ela foi encaminhada ao 5º Distrito Policial (DP), localizado na rua Luís de Camões, Santo Antônio, zona Oeste.

Fonte: Portal Amazônia - RC 

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Homem de 62 anos é morto por duas mulheres em Manaus






MANAUS - Ediene
Marques dos Santos, 27, e Ana Bruna Santos Silva, 19, foram presas em
flagrante suspeitas de matar a facadas o senhor Francisco Rodrigues da
Silva, de 62 anos, nesta quarta-feira (4). O crime ocorreu na
residência de Santos, na rua José Tadros, 357, Santo Antônio, zona
Centro-Sul de Manaus.

Ana Bruna tinha um relacionamento com a
vítima desde os 11 anos de idade e esperava receber um dinheiro dele
para pagar uma dívida com a Ediene. De acordo com a polícia, como ele
se recusou a dar o dinheiro, elas o mataram com um pedaço de pau e uma
faca. Elas foram encontradas sujas de sangue.

Duas mulheres estão detidas no 5 º DP por homicídio qualificado.






 

Fonte: Portal Amazônia - AL  

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Fonte: Portal Notícias 24 Horas e Portal Amazonia - Pense verde, descubra a Amazônia

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Meninas de 12 anos tiram sustento do sexo e têm infância roubada




Já ao amanhecer, elas são vistas vendendo o corpo nos bairros de NH. VEJA VÍDEO DE ENTREVISTA

Débora Ertel e Robson Nunes/Da Redação

Novo Hamburgo - O corpo franzino ainda é de menina, mas o caminhar sensual lembra uma mulher. As roupas curtas e a pequena bolsa denunciam o modelito comum de mulheres que ganham a vida vendendo o corpo. No entanto, o serviço é oferecido por adolescentes entre 12 e 17 anos. Basta o dia amanhecer que elas já estão lá, prontas para receber o cliente, no bairro Rondônia. O ponto é conhecido por quem passa pelo local. O encontro pode ser no carro, num motel ou na área verde localizada na esquina do ponto de trabalho. O matagal tem várias trilhas e não é difícil encontrar preservativos usados espalhados pelo chão. Entre os clientes, não há diferença de raça, idade ou classe social: todos os públicos procuram pelas garotas.

No Município, são pelo menos quatro locais onde estas cenas se repetem: Canudos, Kephas, São Jorge e Boa Saúde. Autoridades como Conselho Tutelar, Conselho Municipal da Criança e do Adolescente (CMDCA), Delegacia da Mulher e Brigada Militar têm pleno conhecimento dessas situações, mas têm dificuldades em solucionar casos como esse.

Moradores contam que a prostituição infantil ocorre no bairro Rondônia há pelo menos um ano e meio. As meninas chegam de manhã cedo, em torno das 7 horas, e ficam até o sol de pôr. Para chamar atenção de quem passa pela rua, uma das vias mais movimentadas de Novo Hamburgo, elas ficam caminhando de um lado para outro. Basta algum homem aparecer para a negociação de valores começar.
No ponto do Rondônia, pelo menos quatro adolescentes realizam programas diariamente, e algumas, conforme relatos, utilizam drogas para aguentar a jornada de trabalho. "Às vezes elas descem de um carro e já tem outro aguardando. Dias atrás, uma ficou dançando no meio da rua. Parecia que estava alucinada", descreve um morador próximo do ponto.

As adolescentes que moram no bairro reclamam que frequentemente são confundidas com as meninas que fazem programa. "Os motoristas param e nos perguntam quanto custa a hora." De acordo com os moradores, uma garota tem feridas nas pernas há meses, e mesmo assim, não para de se prostituir. "É uma realidade muito triste", lamenta um deles.

Por trás do drama, a epidemia do crack

Um dos incentivos para que essas meninas prostituam-se precocemente é o consumo de crack. A conselheira tutelar de Novo Hamburgo Roberta Soares Corneli diz que a droga, que ganhou status de epidemia no Estado, as motiva a vender seus corpos. "Elas estão se prostituindo para usar a droga. Falam coisas obscenas e chegam a se despir no meio da rua", revela.

É a partir de denúncias encaminhadas aos Conselhos Tutelares que a vida dessas meninas ganha a perspectiva de mudar. A conselheira tutelar Roberta Soares Corneli confirma que diversos moradores já cobraram providências a respeito da prostituição infantil. O órgão chegou a receber um abaixo assinado na terça-feira passada, encaminhado por moradores do bairro Rondônia, pedindo uma solução ao problema. O caso chegou à Brigada Militar, que diz ter reforçado o policiamento da área. "Vamos investigar se há alguém explorando os serviços das menores", compromete-se o capitão do 3.º Batalhão de Polícia Militar, Felipe da Silva Breunig.

A conselheira acrescenta que já fizeram diversas intervenções e internações e constataram se tratar de jovens de 12 anos ou mais, algumas até de fora da cidade. "Fazemos a abordagem, encaminhamos para atendimento, mas algumas voltam para a rua".

A titular da Delegacia para a Mulher de Novo Hamburgo, Rosane de Oliveira, explica que prostituição não é crime, mas o favorecimento a essa prática é. Ao serem interrogadas, essas garotas costumam não falar a verdade. "Dizem que estão ali porque querem, que a pessoa é boa com ela. Mas sabemos que isso não é bem assim", diz, acrescentando que casos de aliciamento estão sendo investigados.

Falta estrutura familiar

Para a professora de Psicologia Clínica da Unisinos Carolina Lisboa, a miséria econômica e a falta de estrutura familiar são fatores que contribuem à entrada das jovens na prostituição. A profissional explica que em regiões pobres, pais comercializam as próprias famílias como maneira de garantir renda.
De acordo com Carolina, meninas que sofreram abuso sexual têm o desenvolvimento mental e físico lesados. "Como elas são chamadas para um exercício sexual precoce, tendem a fazer confusão sobre a sua sexualidade", ressalta.

Conforme a psicóloga, meninas que se prostituem vivem um conflito entre culpa, satisfação sexual e uma não satisfação por estar vendendo o corpo. "Esse conflito não é acessível a elas, pois não ocorre no consciente", diz. Carolina explica que a prostituição funciona como uma indústria onde cafetões exercem um grande poder de sedução. "Os cafetões e cafetinas viciam as meninas para que elas fiquem presas a eles, pagando a droga com a prostituição."

A especialista acredita que se as meninas receberem apoio da sociedade, poderão mudar de vida. Para a profissional, as jovens precisam ser acolhidas em casas especializadas, onde tenham uma outra ocupação, com cuidadores presentes e exemplo positivos para se espelhar. "As pessoas são muito preconceituosas. É preciso acreditar no potencial delas em mudar."

Município estrutura trabalho preventivo

A promessa da titular da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social de Novo Hamburgo, Jurema Guterres, é criar em breve o Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) para realizar trabalhos de prevenção e auxílio a situações de prostituição infantil e problemas sociais em geral. "Servirá para atender situações de violação dos direitos das pessoas". Segundo ela, é preocupante ter meninas vendendo seus corpos nas ruas. "Teremos atendimento especializado, uma equipe de psicólogos, assistentes sociais que buscam proteger a criança e resgatar o vínculo com as famílias".

A psicóloga e coordenadora do Programa Sentinela (grupo criado para atuar em situações de violência e exploração sexual de crianças), Anete Cunha, relata que poucos casos chegam até a entidade. "De 2005 pra cá tivemos apenas seis situações que vieram até nós como efetivos de prostituição infantil".
De acordo com Anete, que também atua no Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA), todos os casos foram trabalhados com sucesso. No entanto, o Serviço Sentinela recebe, na maioria das vezes, situações de exploração e abuso, o que em determinados casos acaba levando as meninas à prostituição. "É preciso todo um esforço de uma rede de atendimentos para que o trabalho seja efetivo e que elas não voltem a se prostituir", considera.

Fotos: Luís Félix/GES.
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Receptadores de motos são presos




Da Reportagem


Cinco pessoas envolvidas com o roubo e receptação de motocicletas em Várzea Grande foram presas por policiais militares do Quarto Batalhão. Trata-se de Alex Costa Lima, de 25 anos, Vando da Silva, de 30 e dois adolescentes. O quinto envolvido não teve o nome divulgado. Com eles, foram apreendidas três motocicletas roubadas na semana passada na cidade. A prisão deles ocorreu na manhã de anteontem, em três bairros de Várzea Grande.

Segundo os policiais, pelo esquema, dois adolescentes, ambos de 16 anos, roubavam as motocicletas que repassavam aos receptadores. Estes, remarcavam os chassis, usando chaves de fenda e outras ferramentas apreendidas com o bando. “Com o chassi remontado, a próxima etapa era revender o produto a preço baixo”, explicou um dos policiais.

A desarticulação do bando ocorreu com a prisão dos dois adolescentes que revenderam as motocicletas. A primeira, uma Honda Titan, foi apreendida no Bairro São Simão. Com ela, os policiais prenderam Vando, que alegou não saber que se tratava de produto roubado. “Fiquei sabendo com a chegada da Polícia”, assegurou.

No Bairro Costa Verde, os policiais prenderam Alex, que tinha várias ferramentas usadas para a remarcação. Na casa deles, os policiais apreenderam uma Honda Bros. “Nem imaginava que se tratava de moto roubada. Paguei R$ 1,5 mil e estava rodando tranqüilo por aí”, frisou. A terceira, foi localizada no Capão Grande onde o quinto assaltante foi preso.

Com a desarticulação do bando, os policiais acreditam que o número de roubos de motocicletas deverá diminuir. “São motos roubadas exclusivamente para serem remontadas. Nada de desmanche ou levar para outra cidade”, observou um policial. Os três adultos serão levados para o Presídio de Capão Grande. (AR)

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Dupla é presa por tráfico pela PM de Sinop


Da Redação

Policiais Militares do Comando Regional Norte – em Sinop, realizaram a detenção de dois traficantes na região do Bairro habitar Brasil, entre as ruas Goiabeiras e túrios, em Sinop, os quais no momento da abordagem estavam de posse de 09 (nove) trouxinhas de substância análoga a pasta base as quais encontravam-se acondicionadas na pedaleira de uma bicicleta, visando com isso ludibriar a vistoria e a busca policial, porém a destreza e o tirocínio dos Policiais foram superiores culminando com a localização dos materiais escondidos. Os conduzidos foram: José Luiz Brun, conhecido pelo apelido de Inidão, 18 anos; e um adolescente de 17 anos.

Os infratores e demais materiais apreendidos foram encaminhados à Delegacia de Policia Municipal de Sinop.
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Mulheres são presas na rodoviária ao tentar levar droga da Capital a RO

Segunda-feira, 02 de março de 2009 08:12

Emilia Chacom

Duas mulheres, identificadas apenas como, Elizângela de 33 anos, e Natalina, de 23, foram presas, na madrugada de hoje, na rodoviária da Capital, com 21 tabletes de maconha.

Segundo policiais militares do posto local, ambas embarcaram no ônibus que saia de Campo Grande com destino a Porto Velho (RO). Elas levariam o entorpecente que pesou cerca de 47 quilos para a cidade.

A droga era transportada em duas malhas preta e foram localizadas durante abordagem de rotina. Elas não disseram quanto receberiam pelo serviço.

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Três ficam feridos em briga após jogo de futebol na Bahia




Policial tentou conter torcedores mas, sem conseguir, sacou uma arma.
Polícia informa que vai abrir processo administrativo para apurar ação.

Do G1, com informações do Bom Dia Brasil


Pelo menos três pessoas ficaram feridas em uma briga após um jogo de futebol, no domingo (1º), no interior da Bahia. A confusão, que aconteceu no estádio, foi gravada. As imagens mostram socos, chutes, pauladas e armas em punho.

Veja o site do Bom Dia Brasil

O jogo entre Madre de Deus e Fluminense, em Madre de Deus (BA), havia terminado empatado em 2 a 2, pelo Campeonato Baiano. Na arquibancada, alguns torcedores começaram a discutir, e o empurra-empurra começou.

Um policial militar tentou conter os ânimos dos torcedores mais exaltados. Como não conseguiu, ele sacou a arma e partiu para cima dos torcedores. Um homem não identificado de bermuda também sacou uma arma e começou a agredir os torcedores. Em nenhum momento, o oficial pediu para o homem com arma se identificar. O oficial levou esse torcedor pela camisa mas, depois, ele retornou e continuou a agressão.

Mais policiais militares chegaram ao local e as agressões continuaram. Um homem foi detido. E um torcedor caiu do degrau da arquibancada e foi chutado pelos policiais. Caído no chão, o torcedor levou vários golpes. Um outro torcedor que tenta ajudar o homem caído também foi agredido pelo policial e pelo homem de bermuda. O torcedor agredido foi levado desacordado pelos policiais.

Os torcedores agredidos foram levados para o hospital. Dos três, dois foram medicados e liberados e não quiseram ser identificados. O torcedor caído na arquibancada, segundo a direção do hospital, tem 38 anos. Ele foi informado pelo hospital que deveria ser transferido para uma outra unidade de saúde, para ser avaliado por um neurologista. O torcedor se recusou, assinou um termo de responsabilidade e foi liberado.

A Polícia Militar diz que já identificou o policial e, nesta segunda-feira (2), vai ser aberto um processo administrativo para apurar se houve excesso ou não e para que responsáveis sejam punidos.
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Quadrilha é presa em Contagem por tráfico e suborno


Foi presa em flagrante, neste sábado, uma quadrilha de tráfico de drogas que também tentou subornar a Polícia Militar. Seis pessoas foram presas, inclusive duas adolescentes. O grupo agia no bairro Tiradentes, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Com eles foi apreendida grande quantidade de celulares, perfumes, relógios, armas e munição.

O suborno oferecido aos policiais seria para livrar uma mulher do flagrante, já que foram encontrados 500 papelotes de cocaína na residência dela. Um homem de 54 anos é suspeito de chefiar o grupo e de manter relações com uma menina de 12 anos.


A reportagem completa com o depoimento da mãe das adolescentes e todos os detalhes desta história você vê na edição deste sábado do Jornal da Alterosa, às 18h50 da noite.
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Mulher é presa depois de receber droga dentro de urso de pelúcia

Mais um caso de tráfico de drogas via Sedex no Recife. Desta vez, 1,01 kg de pasta base de cocaína em tabletes foram encontrados dentro de um urso de pelúcia. O entorpecente estava em poder da desempregada Nathalia Rosa de Lima, de 22 anos, presa em flagrante por policiais Federais lotados na Delegacia de Repressão a Entorpecentes.

A operação aconteceu na tarde de ontem graças a uma denúncia anônima. A polícia foi informada de que a suspeita estaria com certa quantidade de droga no bairro do Bongi, nas proximidades de uma parada de ônibus.

Nathalia foi flagrada com um pacote de sedex nas mãos e conduzida para a Superintendência da Polícia Federal. De acordo com a PF, esta não foi a primeira vez que a jovem é detida. Em 2004, quando tinha 17 anos, ela apreendida pela Polícia Militar com 1 kg de maconha e encaminhada para a Casa de Recuperação Santa Luzia.

Desta vez a jovem, que mora em Brasília Teimosa, no Pina, foi autuada em flagrante por tráfico de entorpecentes e conduzida para a Colônia Penal Feminina. Se condenada, ela pode cumprir pena que varia de 5 a 15 anos de prisão. A droga e o urso serão inciderados.

Durante interrogatório, Nathalia disse à polícia que a encomenda pertencia à outra mulher de nome não revelado. Ela contou que emprestou seu nome e endereço para receber a encomenda em troca de R$ 200, mas que não sabia que se tratava de material entorpecente.

A droga seria entregue nos principais pontos de venda de droga em Brasília Teimosa do Bairro do Pina. De acordo com a policia, a pasta base de cocaína poderia se transformar em 3 Kg quilos de crack, o que corresponderia a três mil pedras do material entorpecente. Segundo a PF, a encomenda foi remetida de Cuiabá (MT) com o remetente falso e, pela forma de apresentação a droga é oriunda da Bolívia.

Este é oitavo flagrante de entorpecentes feito pela Polícia Federal este ano na Região Metropolitana do Recife. Até agora 15 pessoas foram presas por tráfico, sendo oito mulheres e sete homens. A quantidade de cocaína apreendida até agora é de 16Kg e 92Kg de maconha.

Esta é a terceira apreensão de drogas feitas pela PF via sedex este ano. A primeira aconteceu no dia 12 de fevereiro, quando duas pessoas foram presas portando 5,57 kg de cocaína. A segunda ocorreu no dia 20 do mesmo mês, com a prisão de mais duas pessoas com 2,06 Kg de cocaína. Até agora 8,64 Kg da droga foram apreendidos via sedex.

Da Redação do DIARIODEPERNAMBUCO.COM.BR

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Galeria de Imagens:



Foto divulgação

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Diário de Pernanbuco

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Passageiras são presas com 50 quilos de maconha

Duas mulheres foram presas num ônibus, com 50 quilos de maconha. Segundo a Polícia Rodoviária Federal de Mato Grosso do Sul, Maria Aparecida SC, de 47 anos, e Andréia GM, de 18 anos, saíram de Ponta Porã om destino a Campo Grande. O flagrante ocorreu durante blitz da PRF na BR 463, em Ponta Porã, ontem por volta das 12h. A ocorrência foi encaminhada à Delegacia de Polícia Civil local. (PRF)
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CapitalNews.com.br
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Depois do carnaval, mãos à obra

Fabio Feldmann
De São Paulo

Enfim, o ano no Brasil começa agora.

Certamente a crise será a sua marca principal. Demissões em grandes empresas se iniciaram, a exemplo da Embraer, sendo difícil saber até que ponto será possível reverter a perda de postos de trabalho pela desaceleração da produção industrial.

Dois mil e nove, por outro lado, pode ser um ano especial pelo fato de que não teremos eleição, ainda que o governo Lula esteja em campanha a favor da Ministra da Casa Civil Dilma Rousseff, até aqui a mais provável candidata do PT. Do outro lado, tudo leva a crer que José Serra será o candidato do PSDB.

Em todo o mundo os candidatos se tornam muito semelhantes em suas propostas macroeconômicas, em que pese a fissura nos principais pilares da economia mundial, principalmente a crença de que o mercado seria capaz de resolver os problemas da sociedade.

A crise mundial demonstrou a fragilidade das instituições públicas diante da conduta irresponsável de muitos agentes econômicos financeiros, de modo que o lado bom da crise está exatamente no redesenho de políticas públicas e de instituições nas várias esferas de governo, isto é, global, nacional e subnacional.

Talvez o que mais impressione em tudo isso seja a falta de responsabilidade de figuras públicas e executivos de grandes grupos corporativos, que não encontraram limites em sua ação predatória e que levaram milhões de famílias no mundo inteiro a conviver com o desemprego e outros males irreparáveis a curto e médio prazo.

Enfim, o mínimo que se pode esperar é que a crise seja capaz de gerar uma nova era de responsabilidades.

Voltando ao ano de 2009, acredito que este seja um ano especial no que tange ao aquecimento global em razão da reunião da Conferência das Partes da Convenção das Nações Unidas a se realizar em Copenhague no fim do ano. O objetivo é se estabelecer novas obrigações por parte dos países no que tange à emissão de gases efeito estufa, permitindo que se possa inverter a curva de emissões até o ano 2020, assegurando-se, desse modo, que os danos sejam administráveis.

Explico: ainda que parássemos de lançar tais gases na atmosfera, o que já fizemos nas últimas décadas não é possível de reversão. Reside aí um aspecto fundamental de toda a discussão sobre o impacto da humanidade sobre o planeta: normalmente os danos são irreversíveis, de modo que todo esforço deve ser feito para se evitar os mesmos.

Dois mil e nove, portanto, é um ano especial pois a nossa capacidade de gerar um regime internacional que trate do futuro do planeta está sendo escrito.

Para que tenhamos sucesso é importante que metas ambiciosas sejam estabelecidas e que os textos deixem de ser ambíguos, definindo o papel de todos os países e atribuindo-se ao setor empresarial responsabilidades claras sobre o desempenho ambiental de seus bens e serviços. Ou seja, as empresas multinacionais não poderão suprir o mercado com produtos obsoletos nos países emergentes, devendo os consumidores, por sua vez, demandar a incorporação de inovações tecnológicas em caráter universal. No mundo globalizado não se pode aceitar que veículos a diesel no Brasil sejam comercializados com motores de tecnologia obsoleta, valendo o mesmo princípio para todos os produtos, ou seja, computadores brasileiros terão que atender o mesmo padrão de eficiência energética daqueles comercializados em todos os mercados. Em outras palavras, os mercados dos países emergentes devem atender os melhores padrões existentes, durante toda vida útil de seus bens e serviços e também no que tange ao pós consumo, de modo que os impactos de disposição final sejam o menor possível.

Na semana passada, no evento Mobile World Congress em Barcelona, foram divulgados dados demonstrando que o mundo terá 5 bilhões de celulares em 2010, o que não significa em si nenhum mal. Aliás, os celulares têm um enorme papel nos países emergentes na promoção de inclusão social. A dúvida que fica diz respeito ao descarte desses aparelhos, principalmente se levarmos em conta que esse lixo contém metais pesados e nos países emergentes são descartados sem os cuidados necessários. A China, nos últimos dez anos, passou de 4 milhões de celulares para 620 milhões, com enorme potencial de crescimento, sendo que no Brasil a penetração é de 82%, segundo a coluna de Ethevaldo Siqueira, na sessão economia do Estadão de 22 de janeiro último.

É bom lembrar que muitos celulares são descartados em um período de dois anos e alguns de seus componentes são tóxicos e cumulativos. No caso do Brasil, que segundo o IBGE dispõe grande parte do lixo em lixões, o aumento do uso de celular teria que trazer preocupação aos políticos do executivo e legislativo, mas isto de fato não tem ocorrido, como prova a tramitação lentíssima de projetos de lei na Câmara dos Deputados sobre o tema: a primeira proposta sobre uma "Política Nacional de Resíduos Sólidos" foi apresentada no início da década de 90...

Chamo atenção ao tema da responsabilidade do setor empresarial em todas essas questões, especialmente nas negociações internacionais uma vez que as sociedades se fazem representar basicamente pelos governos, de modo que a responsabilidade corporativa normalmente fica diluída e difusa, tornando as empresas "irresponsáveis" pela resolução dos problemas que geram.

Em momentos de crise se utilizam de argumentos falaciosos para não assumirem sua obrigação de adotar inovações tecnológicas indispensáveis para o enfrentamento de problemas tais como o aquecimento global, poluição dos mares e muitos outros.

Algum leitor poderia argumentar que os governos têm poder de controlar as empresas, mas é preciso lembrar que nas democracias contemporâneas cada vez mais se faz presente o papel das empresas no financiamento das campanhas eleitorais, o que no mínimo inibe legislações mais rigorosas e a sua respectiva implementação...

No Brasil acredito que vivemos um período de desencanto com a política tradicional. Para a maioria da população os partidos e os políticos são movidos unicamente por interesses pessoais e ocupam cargos públicos em busca de seus próprios proveitos. Esta situação gera um sentimento de apatia generalizada e de desinteresse, num círculo vicioso difícil de quebrar, tornando qualquer expectativa de mudança ainda mais difícil.

Como falar em aquecimento global num momento em que as pessoas estão preocupadas em não perder seus empregos?

A meu ver, este ano exige das pessoas mais engajadas e da própria sociedade civil a capacidade de estabelecer uma agenda mínima para os candidatos presidenciais de 2010, de modo que possamos criar na campanha um ambiente propício ao debate, longe da superficialidade dos programas eleitorais e que chame atenção para políticas públicas de médio e longo prazo.

Entre os temas certamente estarão o modelo de desenvolvimento, segurança/violência, saúde e educação, mas o importante é tratá-los na sua interdependência e numa visão holística.

A título de exemplo, colocaria questões relativas à necessidade de melhoria na infra-estrutura de transporte urbano, na perspectiva de se permitir que as nossas cidades fiquem menos poluídas e congestionadas, ao mesmo tempo em que os investimentos públicos pudessem gerar mais postos de trabalho.

A educação privilegiaria qualidade na formação das crianças e adolescentes, ao mesmo tempo em que permitiria que os mesmos estivessem preparados para os desafios da sociedade contemporânea inclusive em termos de inclusão digital.

O tema de segurança poderia incluir a diminuição da população carcerária e a sua re-socialização, incluindo medidas de melhoria do nosso sistema judicial, que hoje permite que 1/3 dos 400 mil presos permaneça ilegalmente nas prisões pela falta de apoio em seus processos de defesa.

Adolescentes saídos das escolas praticamente analfabetos têm pouca oportunidade de inserção no mercado de trabalho, sendo presas fáceis do narcotráfico.

Cidades sem transporte público eficiente, barato e não poluidor estimulam o transporte individual em detrimento da saúde da população.

Ausência de fiscalização gera destruição ambiental e estimula a impunidade, enquanto a valorização econômica do patrimônio ambiental e cultural poderia estimular um turismo contemporâneo, não predador e capaz de gerar renda e trabalho em toda sua cadeia produtiva.

Tributos bem desenhados poderiam estimular bens e serviços eco-eficientes, ao mesmo tempo que desestimular tecnologias obsoletas.

Certamente não há novidade no que foi dito acima.

Entretanto, não temos sido capazes de estruturar de modo sistêmico uma alternativa mais sustentável para o Brasil, que possa ser submetida ao escrutínio eleitoral e que em linhas gerais nos permita ter uma visão do que é necessário para que possamos nos preparar nos próximos 20 anos, enfrentando os desafios de geração e distribuição de renda, melhoria da qualidade de vida da população brasileira e usufruto sustentável dos recursos ambientais.

Tudo isso em consonância com a idéia de uma cidadania planetária a ser partilhada com os outros países, levando em consideração a dimensão global desses desafios, uma vez que não são unicamente brasileiros.

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Terra Magasine.

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