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segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Chuva causa morte e estragos no Paranhana

Três Coroas foi uma das cidades mais atingidas. Veja fotos

Deslizamentos de terra causam morte e estragos no Paranhana. Veja mais fotos- Crédito: Camila Domingues

Deslizamentos de terra causam morte e estragos no Paranhana. Veja mais fotos
Crédito: Camila Domingues

O município de Três Coroas, distante 91 quilômetros de Porto Alegre, viveu no domingo um dia de tensão com a enchente do rio Paranhana, que tomou a cidade em pouco menos de duas horas de chuva. O prejuízo maior foi nas localidades situadas próximas aos morros, devido aos diversos deslizamentos de terra. Uma pessoa morreu e seis famílias ficaram desabrigadas.
No bairro Sander, Iremar Batista, 49 anos, morreu após cair no arroio que leva o nome da localidade. A casa foi atingida por deslizamento de terra. Na fuga, para se livrar do entulho, ele caiu no arroio. Um parente tentou salvá-lo, mas Iremar foi arrastado pelas águas. Levado ao hospital local, acabou falecendo.
Estradas foram bloqueadas em razão do excesso de água, lama e galhos na pista. A ERS-115 chegou a ser interditada nos kms 23, 30 e 32, mas depois foi liberada. No km 15 da rodovia, próximo à fábrica de cerveja Schincariol, duas residências foram atingidas. No local, moram Nelci Brocker, 62 anos, e os filhos dela em casas separadas. A residência da filha da aposentada foi a mais atingida, com a destruição de dois galpões. “A gente estava por perto e ouviu o barulho. Foi muita sorte não estarmos em casa. Moro há mais de 30 anos aqui e nunca tinha acontecido nada igual”, relata a aposentada. No final da tarde, a família de Nelci contabilizava os estragos e tirava diversos carrinhos cheios de lama de dentro de casa. Eles passaram a noite fora da residência por motivos de segurança.
Próximo dali, no Loteamento Semaco, quatro residências foram destruídas; e uma, parcialmente. Conforme o comandante do Corpo de Bombeiros e da Defesa Civil Municipal, Augusto Dreher, os moradores foram encaminhados para casas de amigos e parentes. As residências atingidas ficam bem próximas ao morro e ainda havia o perigo de novos deslizamentos.
A agente comunitária Kátia Menezes Jung quase não acreditou na situação que viu. A casa dela não foi atingida, mas ela foi uma das dezenas de voluntários que se mobilizaram para ajudar quem perdeu tudo. “É muito triste ver as pessoas perderem o que têm. Isso em pouco tempo, pois houve uma enchente em setembro passado. E muita gente perdeu tudo, nem deu tempo de repor”, lamentou. Equipes da Defesa Civil, de Bombeiros e da BM tiveram a ajuda de moradores e de empresas de rafting da região no socorro às vítimas durante toda a tarde.
Fonte: Janine Souza/Correio do Povo

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