Dupla é presa e menor apreendida durante assalto em Lagoa Nova
A ação rápida de policiais militares culminou na madrugada de hoje, na prisão de dois homens e na apreensão de uma menor. Jadson Targino Pinheiro, 23, Adriano Rodrigues Campos, 25 e uma adolescente de 16 anos foram surpreendidos pelos PMs quando fugiam.
Elisa ElsieJadson e Adriano foram autuados na Plantão da Zona Sul
O trio roubou uma moto Traxx de um casal, na esquina das avenidas Lima e Silva e Potiguares, em Lagoa Nova. Todos foram encaminhados para a Delegacia de Plantão da zona Sul, no conjunto Pirangi onde foi realizado o flagrante
Segundo informações do soldado Bernardo da Silva, o pneu traseiro da motocicleta furou e o casal empurrava a moto pela avenida quando foram surpreendidos por Adriano. “Ele estava de posse de um revólver calibre 38 e tinha o apoio de Jadson e da menor que seguiam em um veículo Kadett”, explica.
O soldado conta que Adriano disse que mataria as vítimas caso reagissem. “Como não houve resistência por parte do casal, os bandidos fugiram rapidamente, mas conseguimos detê-los”, frisa o PM.
O kadett de cor vinho e placas MMO/4705 da cidade de Campo Redondo será levado para o Detran. “Vamos levar o veículo para o pátio do órgão responsável. Está com problemas na documentação. Aparentemente não tem queixa de roubo”, afirma Bernardo.
Na Delegacia
Adriano negou que o revólver calibre 38 pertencesse a ele. Disse não ser viciado em drogas e ainda afirmou não ter passagem pela polícia. Questionado sobre o assalto o acusado se manteve calado. Jadson e a menor preferiram o silêncio.
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Menor está sob a custódia do Estado
Publicação: 10 de Setembro de 2009 às 00:00
Jacson Damasceno e Isaac Lira - Repórteres
Dayane tem apenas 14 anos, é mãe de uma menina com pouco mais de um ano e está grávida de cinco meses. Mas, o peso que ela carrega agora é bem maior que o de ter dois filhos na adolescência. Dayane está sob custódia do Estado, por ter matado, a facadas, uma jovem de 15 anos.
Marcelo BarrosoFamília de Dayane teve que deixar a casa por causa das ameaças
O nome dado acima é fictício. Por ter menos de dezoito anos, a adolescente que matou uma outra, no último fim de semana em Canguaretama, não pode ter a identidade revelada pela imprensa, direito garantido pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (Eca). Isso para que possa ter a chance de se regenerar, segundo a lei, sem os rótulos que lhe seriam impostos pelo crime que cometeu.
E no caso de Dayane, há muito o que recuperar. Com tão pouca idade, ela já tem uma ficha de infrações e atos violentos, registrada no Conselho Tutelar do município, que lhe deram a fama de valentona e desordeira em Canguaretama. Foi lá que ela matou Priscila da Silva, de 15 anos, na madrugada do último sábado, depois de uma festa.
O alvo de Dayane era a prima de Priscila, que hoje é casada com um ex-namorado da infratora. A outra menina também acabou ferida, com um corte profundo na mão. A infratora foi detida, junto com a amiga que a acompanhava na hora da briga. Segundo a polícia, Dayane não parece incomodada com a situação.
A adolescente que cometeu a violência morava com o pai, pescador e a mãe, dona de casa. Segundo os vizinhos, o casal é “gente tranquila”, mas não conseguiu impor respeito à menina, que não estudava nem trabalhava. “Não foi por minha culpa. Sempre mandei ela estudar. Ela não quis. Dizia que as companhias não eram boas, ela não ouviu”, disse o pai, Mauro.
O pai de Dayane é quem cria a neta. Já a adolescente passava o dia na rua, junto com as amigas. Mauro não consegue explicar como a agressividade da filha começou.
Dayane não bebe, nem usa drogas. A família é pobre, o pai sempre trabalhou duro para sustentar a casa em um bairro popular de Canguaretama. Aos doze anos, ela conheceu um namorado e engravidou. O rapaz batia nela constantemente, no meio da rua, para o sofrimento da família.
“Eu avisei a ela que aquilo não ia dar certo, quando ela apareceu foi com uma filha na barriga”, contou Mauro. Dayane parecia ter se separado do namorado, mas cinco meses atrás apareceu grávida novamente. A situação não fez com que ela se livrasse das brigas na rua. Segundo o pai, sempre incentivada pelas amigas. “O rapaz que causou essa confusão, o que vive com a outra menina, é quem dava em cima dela”, disse Mauro.
O pai sofre com os problemas na família. No mesmo fim de semana, um outro filho dele também cometeu um homicídio. “Sou um homem de bem. Sou trabalhador e nunca fiz mal a ninguém. Não mereço isso que estou passando”.
Dayane agora está em um centro de recuperação de menores infratores, em Natal. O caso está sendo investigado pela polícia de Canguaretama e a jovem pode ser condenada a passar até três anos privada de liberdade. A família da menina que ela assassinou exige que a justiça seja feita, independentemente da idade e do passado de Dayane.
Família de acusados sofre ameaças
Por causa dos dois crimes cometidos pelos filhos, o pescador Mauro José da Silva, a mulher e a mãe dele tiveram que sair da casa onde moram e sequer pode revelar onde está residindo. Menos de 24h depois da irmã ser detida por ter esfaqueado uma colega, o outro filho de Mauro, Adriano da Silva, de 21 anos, fugiu por ter participado de um assassinato em um bar. Agora, Mauro, sua esposa, sua mãe, irmãos e netos estão ameaçados de morte.
“A minha mãe, uma senhora de 69 anos, não pode sair na rua para resolver suas coisas e eu tive que mudar de casa por uma coisa que não fui eu que fiz”, diz Mauro da Silva.
Diante de tudo isso, o pescador alterna entre a revolta e a incredulidade. Após ser detida, a filha Dayane veio de Canguaretama para Natal sem que a polícia avisasse ao pai. Mauro só soube do paradeiro da filha através da reportagem da TRIBUNA DO NORTE. Ontem, ele visitou a filha.
Ao entrar para falar com a filha, ontem pela manhã, Mauro emudeceu por conta das lágrimas. Só conseguiu perguntar à filha o porquê da atitude violenta. “Ela me disse que não quis fazer aquilo, mas que a amiga dela deu a primeira facada e ela terminou. Eu avisei a ela que aquelas amizades não eram boas”, diz Mauro, convicto de que o problema da filha é a má influência das amigas. A amiga de Dayane está detida com ela.
No caso do filho de Mauro, Adriano da Silva, o problema foi uma antiga rixa, ainda de acordo com o pescador. Adriano se envolveu numa briga e depois disso uma série de ameaças mútuas culminou em tiros e facadas na mesa de um bar. “Fico preocupado porque não tenho a menor ideia de onde Adriano está”, diz Mauro.
O pescador afirma não ter ideia de porque tanta violência se pôs ao seu redor em um único fim de semana, mas tenta recolher os cacos da vida para seguir em frente. Não tentará tirar Dayane da instituição de adolescentes infratores onde ela está. “Lá ela vai ter o que nunca teve em casa, que é estudo”, pensa.
Ele pensa em como fazer para voltar para casa e ao trabalho como pescador. “Eu sou um homem de bem e vou ter que vender minhas coisas e sair da minha casa? É um absurdo porque não fui eu quem mandou meus filhos fazerem besteira”.
Vítima morreu para defender a prima
Priscila da Silva, de 15 anos, trabalhava como babá durante o dia e estudava à noite. Fazia o 5º ano do ensino fundamental. Com o dinheiro que ganhava, ajudava a mãe a criar os quatro irmãos mais novos. Na sexta-feira da semana passada ela saiu de casa à noite para ir a uma festa e acabou assassinada a facadas por Dayane, que tinha ódio na verdade da prima dela.
Dona Maria Dalva da Silva, de 46 anos, mãe de Priscila, não come e não dorme direito desde então. E ainda anteontem foi parar no hospital por ter passado mal. “Minha filha era a alegria da minha casa. Uma menina que não dava trabalho nenhum”, disse a mãe inconsolada. Na Vila Vintém, onde a menina morava, o clima é de tristeza, mas também de revolta.
Nos depoimentos prestados por vizinhos e familiares Priscila é retratada como “uma jovem alegre, simpática, que conquistava todo mundo facilmente”. A prima dela é quem tinha inimizade e já era jurada por Dayane. “A Dayane já tinha batido na prima dela no meio da rua”, disse Maria Dalva.
A prima de Priscila é casada com um rapaz que já namorou a adolescente infratora. Daí a ciumeira. Na noite de sexta, a vítima saiu de casa por volta das 21h30. Junto com ela estava, além da prima, uma outra amiga. As três cruzaram com Dayane ao lado da igreja matriz de Canguaretama, já depois da festa, por volta das 2h30 do sábado.
“Dayane estava com uma amiga. E já chegou atacando, dando um tapa na prima de Priscila, que caiu. A menina se levantou e reagiu. Ai tomou a primeira facada”, contou Maria Dalva. A prima de Priscilla sofreu um sério corte na mão, que precisou de 22 pontos. Priscila sofreu duas facadas no peito e uma na cabeça, sendo levada ao hospital. “Eu peguei no sono e me acordaram de madrugada, dizendo que tinha acontecido uma confusão. Quando cheguei no hospital minha filha já estava morta”, disse a mãe.
A família de Priscila já sabia do comportamento agressivo de Dayane. Segundo um irmão de Priscila, a infratora tinha entrada proibida em uma discoteca da cidade.
Menor não demonstra arrependimento
Dayane foi presa pela Polícia Militar poucas horas depois de cometer o assassinato. Segundo testemunhas, não se alterou e chegou a dizer tranquilamente que podia passar cem anos na cadeia, mas que sairia para matar a prima de Priscila da Silva, já que “tinha matado a pessoa errada”.
O delegado Robson Coelho foi quem recebeu a garota para o registro da ocorrência e se impressionou com a indiferença da jovem em relação a tudo que havia ocorrido. “Eu perguntei a ela se estava arrependida. Ela disse que sim, mas não demonstrava. Estava muito tranquila, o tempo todo”, disse o delegado.
Robson Coelho contou também detalhes do crime, que demonstram o grau de violência das agressoras contras as vítimas. Segundo ele, a faca utilizada chegou a ser quebrada no corpo de Priscila, que continuou a ser agredida mesmo depois de esfaqueada. “A amiga de Dayane contou que ela ficou chutando o rosto de Priscila, que já estava caída”.
Dayane ficou em uma sala na DP de Canguaretama no sábado. Foi levada para dormir no conselho tutelar de Vila Flor e na manhã seguinte retornou. Sempre, sem esboçar qualquer incômodo com o fato de estar detida.
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Quadrilha que explorava sexualmente travestis é presa no Rio de Janeiro
Por Redação 10/9/2009 - 11:38
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A delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (DCAV) do Rio de Janeiro prendeu cinco pessoas que faziam parte de uma quadrilha especializada em explorar sexualmente travestis na Baixada Fluminense. O esquema faturava por volta de R$ 60 mil por mês.
A investigação teve início após algumas travestis adolescentes terem feito denúncias a respeito do esquema criminoso. Segundo elas, além de explorarem sexualmente as meninas, eles também as submetiam a tortura. Segundo a polícia, cerca de 80 pessoas eram exploradas.
O trabalho durou três meses até que a DCAV chegasse até os líderes da quadrilha. São eles: Ulisses Menezes da Mota, conhecido como Iarley e Claudio dos Santos, vulgo Boró. A equipe policial ainda trabalha com a suspeita de Ulisses estar por trás de um esquema de envio de travestis para a Europa, onde ele cobrava 12 mil euros pelo serviço.
Na mesma ação foram presas também Graciele, Rafaela e Eliane da Silva, que segundo investigação eram as pessoas que cobravam as taxas das travestis e administravam os pontos onde elas trabalhavam.
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Fontes:
1ª Notícia:http://tribunadonorte.com.br/noticia/policia-detem-trio-apos-assalto-em-lagoa-nova/124767 (Tribuna do Norte)
2ª Notícia:http://tribunadonorte.com.br/noticia/menor-esta-sob-a-custodia-do-estado/124861
(Tribuna do Norte)
3ª Notícia:http://www.acapa.com.br/site/noticia.asp?codigo=9214&titulo=Quadrilha+que+explorava+sexualmente+travestis+%E9+presa+no+Rio+de+Janeiro (A Capa)
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