Produtores do Tropa de Elite 2 armam esquema de segurança para evitar pirataria
A continuação do longa estreia hoje, mas ao contrário do primeiro, não vazou na internet e nem foi copiado antes do lançamento
Sexta-feira, 08 de outubro de 2010 às 19h23
Hoje chega às salas de cinema o Tropa de Elite 2, a continuação de um dos filmes de maior bilheteria e pirataria dos últimos tempos no Brasil. A grande diferença em relação à primeira parte da trama é que o filme, desta vez, não vazou na internet e nem foi pirateado.
Para conseguirem esta façanha, os produtores do longa armaram um verdadeiro esquema de guerra para manter em segredo a continuação da história. O roteiro que foi entregue para a Ancine (agência Nacional do Cinema), por exemplo, continha outro nome e foi impresso em letra vermelha para impedir a cópia. Além disso, a produtora que editou o vídeo teve computadores com conexão bloqueada à internet e HDs criptografados, que permitiam registrar qualquer movimentação estranha nas máquinas.
No dia da pré-estreia, que aconteceu nesta terça-feira (5) em Paulínia, interior de São Paulo, até mesmo a imprensa passou por um rigoroso esquema de segurança. Jornalistas e convidados tiveram que atravessar detectores de metal e suas bolsas foram revistadas para evitar a entrada de qualquer dispositivo com câmera.
O laboratório que fez a cópia dos filmes que iriam para os cinemas contou com uma tecnologia única para reforçar a segurança. Cada película tinha uma identificação própria visível a olho nu. O objetivo era identificar onde as cópias piratas, caso houvesse alguma, tinham sido achadas.
Tudo isso só foi preciso porque, segundo estimativas do Ibope, 11 milhões de pessoas que assistiram à primeira versão do filme o viram por meio de vídeos piratas. Isso antes mesmo do longa estrear nos cinemas. O diretor José Padilha diz saber que Tropa de Elite 2 pode estar nas barracas de camelôs daqui a pouco, mas isso não o impediu de construir um esquema de segurança tão rígido quanto o do Bope.
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