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terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Presídios terão scanner corporal

Seis penitenciárias do país receberão um equipamento de raios X considerado de última geração. O Body Scanner (scanner de corpo), já usado em presídios da Lituânia e Rússia, é capaz de detectar drogas, armas e qualquer objeto suspeito que alguém carregue dentro do corpo. A principal vantagem do aparelho será a de acabar com as revistas íntimas e constrangedoras pelas quais passam as mulheres que vão visitar alguém preso, na avaliação do diretor do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), Airton Michels. O Depen adquiriu seis equipamentos, fabricados na Alemanha, pelo custo de R$ 640 mil cada. A compra total ficou em R$ 3,8 milhões. Não foram divulgados quais estados receberão, sem ônus algum, os aparelhos. Mas é certo que pelo menos dois deles seguirão para as unidades federais de segurança máxima.

O Rio de Janeiro é o único estado que já comprou, antes mesmo do governo federal e por conta própria, o Body Scanner. Embora tenha sido adquirido no primeiro semestre do ano passado e instalado na área de segurança máxima do Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, Zona Oeste do Rio, sete meses atrás, a máquina ainda não entrou em funcionamento. Segundo a assessoria de imprensa da Secretaria de Administração Penitenciária do Rio, a última pendência para utilizar, de fato, o aparelho foi superada há poucos dias: uma autorização da Comissão Nacional de Energia Nuclear. Com isso, a previsão, ainda segundo a assessoria, é de que o scanner de corpo comece a ser operado nesta semana.

A ideia de Michels, do Depen, é adquirir cerca de 30 aparelhos ainda este ano. Ele prevê , com o aparato tecnológico, a diminuição da entrada de drogas e armas nos presídios, bem como a redução da prisão de mulheres que levam esses artigos para maridos, companheiros e filhos dentro das cadeias. “Elas saberão que serão pegas e não se arriscarão”, prevê. Michels lembra que 20% das presas por tráfico foram flagradas nessas circunstâncias. Além disso, as visitantes serão poupadas de tirar a roupa na frente das policiais e de fazer sucessivos agachamentos, sobre um espelho, para provarem que não levam nada dentro da vagina. “Essa revista é desnecessária e ineficiente. É quase um sadismo”, critica Michels.

Necessário
O Depen fechou a compra dos equipamentos no dia 31 de dezembro, mas eles ainda não chegaram ao país. Dois técnicos do departamento estiveram na Inglaterra e na Alemanha, no ano passado, para conhecerem a tecnologia. O Body Scanner se tornou comum em Londres depois dos atentados terroristas no metrô, em 2005. “Em seis ou sete segundos, os raios X fazem a leitura completa do corpo da pessoa. Acho que é um investimento muito necessário”, defende Michels. O Complexo de Gericinó, no Rio de Janeiro, onde provavelmente se dará o funcionamento do aparelho pela primeira vez no país, é constituído de 11 prisões e de uma população carcerária de 5,5 mil internos. Trabalham, na área, aproximadamente 800 servidores. Cerca de 2 mil visitantes passam pelo local diariamente.(Com Informações: FENAPEF)

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12/01/2009 - 12:19

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